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Colectivo Mumia Abu-Jamal

Unicef publica relatório sobre a situação das crianças palestinianas detidas em Israel

 
"Em nenhum outro país, as crianças são julgadas sistematicamente por tribunais militares para menores que, por definição, não fornecem as garantias necessárias ao respeito dos seus direitos".
A UNICEF avalia em “cerca de 700 o número de crianças palestinianas entre os 12 e os 17 anos que todos os anos são detidas, interrogadas e encarceradas pelo exército, a polícia e os agentes de segurança israelitas".
Os maus-tratos a que estão sujeitas incluem a detenção em sua casa entre a meia-noite e as cinco horas por soldados fortemente armados, o facto de se vendar os olhos das crianças e de lhes atar as mãos, as confissões forçadas, a falta de acesso a advogados ou familiares durante os interrogatórios.
A partir dos 14 anos, os detidos - na maioria são rapazes - podem ser condenados até dez anos de prisão pelo crime que lhes é imputado com mais frequência: o lançamento de pedras. A pena pode ir até 20 anos, caso o alvo seja um veículo em movimento.
Aparentemente sem pôr em causa a repressão permanente sobre as crianças palestinianas, a UNICEF inclui no seu relatório uma série de recomendações para que as detenções passem a respeitar as normas internacionais: que os menores e suas famílias sejam informados dos motivos da detenção e que essa informação seja feita em árabe; que as detenções a meio da noite sejam limitadas ao "estrito necessário" e que o acesso das crianças a um advogado e à sua família seja facilitado, e exigida a sua presença durante os interrogatórios.
Fonte: Libération, 6.3.2013
 
 

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