CMA-J

Colectivo Mumia Abu-Jamal

Actualização: Mumia em perigo

"As seguintes actualizações foram traduzidas de freemumia.com, um website mantido pela Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal (Nova Iorque) e pela Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal (ICFFMAJ)

  • 21 de Maio: Comunicado à Imprensa de 20 de Maio, fotos da viagem de 21 de Maio à prisão SCI Mahanoy (incluindo fotos de Mumia) e entrevista de Wadiya no exterior da prisão
  • 19 de Maio: actualização sobre a situação de Mumia e documentos legais entregues
  • 17 de Maio: Mumia continua hospitalizado e mantido incomunicável
21 Maio, Faixa
21 Maio, Joe-Suzanne-Pam-Henry
21 Maio, Pam-Wadiya-Rachel
21 Maio, Mumia-Wadiya-Rachel
21 Maio, Mumia-Wadiya
21 Maio, Pam-Wadiya-Rachel
Quinta-feira, 21 de Maio:
Publicamos ao lado fotografias da visita a Mumia de Wadiya Jamal (mulher de Mumia) a 21 de Maio. Pode ouvir aqui a entrevista dela no exterior da prisão.
Pam Africa, Suzanne Ross e Bob Nash acompanharam Wadiya Jamal na primeira visita dela ao marido, a primeira visita de alguém a Mumia em quase dez dias. Eles quiseram garantir que ela entrava. No caminho, tiveram de atravessar barricadas com seis ou mais agentes prisionais e duas carrinhas. O jornal local Republican Herald enviou um repórter que nos entrevistou e tirou fotografias. As outras fotografias incluem Joe Piette, do Centro de Acção Internacional (IAC) e Henry Hagins, da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal, que fizeram parte do grupo que acompanhou Wadiya e a advogado dela, Rachel Wolkenstein. Abaixo podem ouvir a descrição feita por Wadiya do estado de saúde de Mumia. Não é muito bom. Um longo caminho à frente, embora decididamente haja melhoras.
Segue-se um comunicado à imprensa datado de 20 de Maio:
Os familiares e apoiantes do jornalista encarcerado Mumia Abu-Jamal, que já saiu do hospital e está agora de regresso à SCI Mahanoy, irão realizar uma Conferência de Imprensa com a finalidade de rever o direito de Abu-Jamal a visitas da família, de visitantes aprovados pela prisão e de advogados. Eles também irão destacar a importância de os familiares e amigos terem acesso a todos registos médicos. A conferência de imprensa terá lugar na 5ª feira, 21 de Maio, pelas 13:00 no exterior da SCI Mahanoy, 301 Morea Rd, Frackville, PA 17932.
A mulher de Mumia Abu-Jamal, Wadiya, e a advogada dela Rachel Wolkenstein irão visitá-lo na 5ª feira às 10;00.
Activistas dos direitos humanos ficarão à espera no exterior da prisão até Wadiya Jamal e Wolkenstein saírem das instalações, altura em que falarão à imprensa. Também disponível à imprensa estará Pam Africa, da Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal, Suzanne Ross, da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal e outras pessoas.
Os familiares e apoiantes ficaram horrorizados ao saberem ontem mesmo, através de um telefonema para a mulher dele, que Abu-Jamal, doente como estava e seguramente não colocando nenhuma ameaça de segurança, esteve algemado o tempo todo em que esteve hospitalizado durante mais de uma semana. Durante esse tempo, ele não foi autorizado a comunicar com o mundo exterior. Tem havido médicos a testemunhar sobre o perigo para os doentes diabéticos, já para não falar dos que têm problemas extremos de pele, de estarem algemados. A crueldade e desumanidade desse tratamento a alguém tão doente têm sido totalmente denunciadas e isto é atribuível ao Departamento Correccional [DOC] e ao seu Secretário, John Wetzel, e não aos regulamentos do hospital.
Os advogados de Jamal reuniram-se ontem por teleconferência com os advogados do POC para contestarem a situação de incomunicabilidade durante uma semana, o que apenas resultou na garantia de que um advogado poderia falar por telefone com Abu-Jamal a partir da enfermaria da prisão.
Abu-Jamal, quando foi transferido para o hospital e durante a permanência dele no hospital, foi mantido “confidencialmente”, dizem as autoridades. Em resultado disso, a família não teve notícias dele durante uma semana inteira. Visitantes internacionais e nacionais tentaram repetidamente visitá-lo nos últimos dias, mas isso foi-lhes negado. A família, os advogados e os médicos que aconselham Abu-Jamal têm todos visto ser-lhes negado acesso. A 20 de Maio, Wadiya Jamal, mulher de Abu-Jamal, recebeu finalmente uma chamada de 15 minutos, ao oitavo dia do desaparecimento dele, confirmando a presença dele no hospital apesar de o DOC e os responsáveis do hospital terem negado que ele estava lá.
A 18 de Maio, os advogados de Abu-Jamal iniciaram um processo judicial no Nível Médio do Tribunal Federal da Pensilvânia, procurando obter acesso imediato ao seu cliente, o qual tem visto negada toda a comunicação com eles desde 12 de Maio. Bret Grote, do Centro Jurídico Abolicionista, e Robert Boyle são os signatários da acção, juntamente com Abu-Jamal. Foram entregues uma acção de injunção preliminar e uma acção de restrição temporária, pedindo que o tribunal emita uma ordem a conceder visitas a Abu-Jamal dos advogados e da mulher dele.
A acção legal visa restabelecer imediatamente o direito constitucional do Sr. Abu-Jamal a ter acesso aos tribunais. Bret Grote salientou que “o DOC está uma vez mais a demonstrar o seu desprezo pelos direitos humanos e pelos cuidados de saúde adequados ao manterem Mumia Abu-Jamal incomunicável com família e os advogados dele. Em vez de reconhecer o valor do apoio familiar e do aconselhamento legal na protecção e melhoria da saúde dele, o DOC está a tratar Mumia como uma peça de propriedade a quem pode reter arbitrariamente acesso e informação e com total impunidade.”
Segundo o advogado de Abu-Jamal, Robert Boyle, “os familiares próximos de um preso têm o direito a conhecer a situação médica do seu familiar em caso de hospitalização; e todos os presos têm direito a comunicar com o seu advogado, especialmente no caso de uma emergência. Que o meu cliente e a família dele tenham sido privados destes direitos é uma violação constitucional.”
A conferência de imprensa apoia a acção legal que agora foi iniciada pelos advogados de Abu-Jamal e irá salientar os argumentos legais e as exigências populares a favor de Abu-Jamal.
Terça-feira, 19 de Maio:
Segue-se uma actualização feita por Suzanne Ross, da Coligação Libertem Mumia (Nova Iorque) sobre a situação de Mumia, bem como a documentação legal entregue:
A mulher de Mumia falou com ele ontem (18 de Maio) de manhã durante 15 minutos. Ele parecia bem, disse ela, está a sentir-se melhor e sente que o seu problema de pele está a melhorar. Fez muitos exames durante estes últimos dez dias de hospitalização. Este hospital tem mais especialistas e equipamento que o anterior. Um grande alívio sem dúvida, mas não é nenhuma causa para jubilo ou diminuição da luta. Mumia ainda não viu a mulher nem outros familiares, ainda não falou com os advogados e os registos hospitalares dele e as escolhas médicas feitas ainda não foram revistas por um médico independente. Ona Move! VIVA MUMIA E TODOS OS NOSSOS COMBATENTES PELA LIBERDADE QUE ESTÃO SUJEITOS A UMA TAL INJUSTIÇA, ATAQUE, E CRUELDADE!
Temos o prazer de anunciar que os advogados de Mumia entregaram hoje no tribunal documentos legais de emergência. Podem encontrá-los aqui:
Domingo, 17 de Maio:
O texto que se segue é um comunicado emitido por: Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal, Centro Internacional de Acção, Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal (Nova Iorque), Campanha Para Trazer Mumia Para Casa, Educadores por Mumia Abu-Jamal.
Mumia foi uma vez mais levado para um hospital fora da SCI Mahanoy; mantido incomunicável com a família, os advogados e os médicos. Precisamos de agir imediatamente! O preso político e internacionalmente conhecido jornalista Mumia Abu-Jamal foi uma vez mais levado da enfermaria da prisão da SCI Mahonoy em Frackville, Pensilvânia, desta vez para o Centro Médico Geisinger, em Dansville, Pensilvânia, a cerca de 3 horas de Filadélfia.
Não tendo recebido nenhum telefonema de Mumia, nem mesmo no Dia da Mãe em que ele sempre telefona, a mulher de Mumia, Wadiya Jamal, telefonou para a enfermaria da prisão na terça-feira, 12 de Maio, e ficou a saber da transferência. Desde essa altura, Mumia esteve sem comunicação com a família mais próxima e o médico dele, apesar da obrigação e acordo do Departamento Correccional da Pensilvânia em manter a Sra. Jamal informada da situação médica dele.
Os regulamentos estaduais também proíbem que os responsáveis prisionais bloqueiem o acesso dos advogados aos seus clientes, mas apesar disso as visitas dos advogados dele também foram negadas.
Na quarta-feira, 13 de Maio, foi dito a Wadiya que as visitas dos familiares próximos tinham sido aprovadas pelo Superintendente John Kerestes e pelo DOC. Isto foi confirmado por Laura Neal, do gabinete de aconselhamento legal do DOC.
Wadiya preparava-se para visitar Mumia no hospital na quarta-feira, 13 de Maio. Porém, foi-lhe então dito por Neal que o Hospital Geisinger não permitiria a visita porque Mumia não estava em situação crítica e o hospital tem uma política de não permitir visitas aos presos.
A família e os advogados de Mumia têm recebido relatos contraditórios de que têm sido entregues actualizações da situação médica dele às autoridades da SCI Mahonoy. Responsáveis médicos da SCI Mahonoy têm dito repetidamente a Wadiya que não têm recebido nenhuma actualização médica. Porém, Donald Zaycosky, do Conselho de Litigação do Geisinger disse a Rachel Wolkenstein, uma advogada que representa Wadiya Jamal, que na quinta-feira, 14 de Maio, tinha sido fornecida uma actualização médica aos médicos da enfermaria.
Wolkenstein informou que na sexta-feira, 15 de Maio, Zaycosky tinha declarado que, dadas as circunstâncias, poderia ser feita uma excepção à política de “negação de visitas” do hospital. Ele declarou explicitamente que o Hospital Geisinger não colocava objecções aos telefonemas nem às visitas da família ou dos advogados, mas quis ter a certeza de que o DOC estava de acordo.
Às 9:30 de sexta-feira, 15 de Maio, Wolkenstein remeteu a Zaycosky a correspondência dela com Laura Neal, que declarava a aprovação pelo DOC de visitas da família. Desde então, apesar dos telefonemas e emails, não houve nenhuma comunicação nem da enfermaria da prisão nem do hospital em relação a qualquer actualização médica sobre a situação de Mumia ou de confirmação ou negação de visitas de familiares.
A família, advogados e apoiantes de Mumia estão extremamente preocupados com a actual situação médica dele e alarmados por ele estar a ser mantido incomunicável, ao mesmo tempo que lhe está a ser negado qualquer acesso da mulher, dos conselheiros legais e do médico privado dele.
Quando Mumia foi inicialmente levado à pressa para a sala de emergência em Março passado em choque diabético, uma rede global de apoiantes entrou em acção para inundar as linhas telefónicas da prisão e os responsáveis do hospital, exigindo que eles autorizem as visitas dos familiares e advogados dele. Uma vez mais, é o momento para activar esse apoio.
Ainda a semana passada, apoiantes de Mumia enviaram uma carta a Tom Wolf, Governador da Pensilvânia, a apelar a que ele liberte Mumia da prisão para obter os cuidados médicos adequados de que precisa. A carta foi assinada por inúmeros dignitários mundiais, entre os quais o Arcebispo sul-africano Desmond Tutu, o Ministro Louis Farrakhan, o Ex-Presidente da Assembleia Geral da ONU, Padre Miguel d'Escoto Brockmann, o Congressista nova-iorquino Charles Rangel, o Presidente do SEIU Local 1199, George Gresham, Danny Glover, Alice Walker e muitos mais. Para ver na íntegra a carta e a lista de signatários, clique aqui.
Por favor, telefone aos responsáveis abaixo a exigir:
  • Visitas hospitalares irrestritas da família de Mumia
  • Acesso dos advogados dele
  • Que deixem Mumia telefonar à família, aos apoiantes e aos médicos
  • Que acabem com a tentativa do estado de assassinar Mumia através de inadequados cuidados médicos
  • Que libertem Mumia da prisão para ele poder obter os necessários cuidados de saúde.
Usem adequadamente estas exigências para cada um destes locais. Assim, com o hospital queremos salientar as questões de acesso e comunicação, as três primeiras exigências.
Nota: O hospital integrou Mumia numa lista “confidencial”, pelo que os operadores irão dizer que não têm ninguém chamado Mumia Abu-Jamal ou Wesley Cook no hospital. As pessoas devem então dizer ao operador que o seu telefonema deve ser comunicado à administração do hospital, usando ambos os nomes."

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